Tala Inguino Podálica
Tudo que estiver escrito podálico refere-se ao pé.

A tala inguino-podálica é uma Imobilização ortopédica utilizada para tratar lesões nos membros inferiores, cobrindo desde a região inguinal (próxima à virilha) até a área podálica (pé). É indicada principalmente para casos de fraturas complexas ou múltiplas de tíbia e fíbula, lesões nas articulações do joelho e tornozelo, ou pós-operatórios que exigem imobilização completa e alongada da perna. Seu uso é crucial em situações em que a estabilização do membro inteiro é necessária para garantir uma recuperação eficaz.
Indicações de Uso
A tala inguino-podálica é indicada em diversas situações ortopédicas que requerem imobilização de grandes áreas dos membros inferiores, como:
- Fraturas da tíbia: Quando as fraturas afetam os ossos longos e exigem estabilização ao longo de toda a perna.
- Pós-operatório de cirurgias ortopédicas: Em procedimentos no joelho ou tíbia e fíbula, a tala inguino-podálica garante que o paciente não mova o membro operado, ajudando a prevenir complicações.
- Lesões ligamentares severas: Lesões complexas em múltiplos ligamentos do joelho ou do tornozelo podem requerer a imobilização completa da perna.
Vantagens da Tala Inguino-Podálica
- Imobilização ampla e estável: A tala oferece a imobilização necessária para a recuperação de fraturas graves e lesões nas articulações, promovendo a estabilidade e prevenindo movimentos que poderiam interferir no processo de cicatrização.
- Prevenção de complicações: A imobilização completa ajuda a prevenir o desalinhamento dos ossos, evitando complicações como a consolidação inadequada de fraturas ou o agravamento de lesões.
- Uso prolongado: Essa tala pode ser usada por períodos longos, adaptando-se às necessidades do tratamento e promovendo a recuperação de lesões graves ou múltiplas.
Limitações e Cuidados
- Mobilidade restrita: O uso da tala inguino-podálica restringe completamente o movimento da perna, o que pode impactar a mobilidade geral do paciente e levar à necessidade de uso de cadeira de rodas ou muletas.
- Risco de complicações cutâneas: O uso prolongado pode causar irritações ou feridas na pele devido à pressão e falta de ventilação, especialmente em climas quentes.
- Atrofia muscular: A imobilização prolongada pode resultar em perda de massa muscular, o que requer um regime de fisioterapia intensivo após a remoção da tala.
Alternativas
Dependendo da gravidade da lesão, alternativas como órteses ajustáveis ou imobilizadores removíveis podem ser considerados, especialmente em fases mais avançadas do tratamento, permitindo maior conforto e reabilitação gradual.
Referências Bibliográficas
- Canale, S. T., & Beaty, J. H. (2012). Campbell's Operative Orthopaedics. Elsevier.
- Bucholz, R. W., Heckman, J. D., & Court-Brown, C. M. (2006). Rockwood and Green's Fractures in Adults. Lippincott Williams & Wilkins.
- Miller, M. D., & Thompson, S. R. (2019). DeLee & Drez's Orthopaedic Sports Medicine: Principles and Practice. Elsevier.
- Apley, A. G., & Solomon, L. (2010). Apley's System of Orthopaedics and Fractures. Hodder Arnold.
Essas fontes oferecem uma base abrangente sobre o tratamento ortopédico de fraturas e lesões nos membros inferiores, discutindo o uso de talas e outros dispositivos de imobilização como a tala inguino-podálica.