quarta-feira, 16 de julho de 2025

Tala Braquial (Áxilo Palmar)

Tala Braquial 

(Áxilo Palmar) 

Obs.: Não esquecer de moldar a tala, toda tala tem que ser bem moldada.



tala braquial, também conhecida como tala axilo-palmar, é uma imobilização ortopédica utilizado para imobilizar o braço em casos de fraturas, luxações e lesões graves, cotovelo, antebraço e articulações associadas. Seu nome deriva da área que cobre: do axilar (axila) até a região palmar (mão), proporcionando uma imobilização completa do membro superior. 

Características da Tala Braquial (Axilo-Palmar)

  1. Estrutura rígida: Feita com materiais como gesso ortopédico, a tala axilo-palmar é moldada para cobrir o braço, desde a axila até a mão, de forma a garantir uma imobilização completa e eficaz.
  2. Ajuste anatômico: Sua forma anatômica ajuda a manter o membro numa posição funcional, permitindo que o paciente recupere de forma adequada sem movimentos bruscos ou deslocamentos.

Indicações de Uso

A tala braquial (axilo-palmar) é indicada em uma série de situações ortopédicas e traumáticas, tais como:

  • Fraturas no cotovelo: Em casos de fraturas intra ou extra-articulares no cotovelo, a tala axilo-palmar mantém o braço em uma posição neutra, facilitando o processo de cicatrização.
  • Luxações do cotovelo: A tala ajuda a imobilizar a articulação após uma luxação, permitindo a recuperação dos ligamentos e tecidos moles ao redor.
  • Lesões nos tendões e ligamentos: Lesões graves nos tendões do bíceps ou tríceps, bem como em ligamentos que estabilizam o cotovelo, podem exigir imobilização completa com tala.
  • Pós-operatório: Após cirurgias corretivas no, cotovelo ou antebraço, a tala axilo-palmar é usada para proteger a área operada e garantir a estabilização do membro durante o processo de recuperação.

Vantagens da Tala Braquial (Axilo-Palmar)

  1. Imobilização completa do membro superior: A tala cobre desde a axila até a mão, imobilizando várias articulações e garantindo que o braço se mantenha estável durante o processo de cicatrização.
  2. Facilidade de aplicação: As talas podem ser aplicadas de forma relativamente rápida e são ajustáveis, podendo ser moldadas diretamente no paciente.
  3. Estabilização pós-trauma ou pós-operatório: É uma solução eficiente tanto para tratamento conservador (não cirúrgico) quanto para cuidados pós-operatórios, prevenindo movimentos que poderiam comprometer a recuperação.
  4. Prevenção de complicações: Ao manter o braço completamente imobilizado, a tala axilo-palmar reduz o risco de agravamento de lesões ou desalinhamento ósseo.

Limitações e Cuidados

  • Mobilidade restrita: A tala impede completamente o movimento do cotovelo, punho e articulações da mão, o que pode comprometer temporariamente a funcionalidade do braço.
  • Complicações dermatológicas: É necessário realizar uma avaliação regular da pele sob a tala, já que o uso prolongado pode causar irritações ou úlceras de pressão.
  • Atrofia muscular: Como a imobilização do braço é completa, o uso prolongado da tala pode levar à perda de massa muscular e à rigidez articular, sendo necessário acompanhamento fisioterápico após a remoção.

Reabilitação Após o Uso da Tala Braquial

Após a remoção da tala axilo-palmar, é fundamental iniciar um programa de reabilitação com exercícios para restaurar a força muscular e a mobilidade articular. A fisioterapia pode incluir exercícios de alongamento para evitar contraturas e atividades de fortalecimento progressivo do braço e antebraço.

Considerações Finais

A tala braquial (axilo-palmar) desempenha um papel essencial no tratamento de diversas lesões graves nos membros superiores. Sua imobilização total permite a recuperação óssea e articular adequada, mas exige cuidado com o acompanhamento médico e a reabilitação para evitar complicações como rigidez e atrofia.

Referências Bibliográficas

  • Bucholz, R. W., Heckman, J. D., & Court-Brown, C. M. (2006). Rockwood and Green's Fractures in Adults. Lippincott Williams & Wilkins.
  • Canale, S. T., & Beaty, J. H. (2012). Campbell's Operative Orthopaedics. Elsevier.
  • Stanley, J., & Trail, I. (2005). Surgery of the Shoulder and Elbow. Saunders Elsevier.
  • Hoppenfeld, S., & deBoer, P. (2009). Surgical Exposures in Orthopaedics: The Anatomic Approach. Lippincott Williams & Wilkins.
  • Rockwood, C. A., Green, D. P., & Wilkins, K. E. (1996). Fractures in Adults and Children. Lippincott-Raven Publishers.

Essas referências fornecem uma visão abrangente do manejo ortopédico de lesões graves do braço e cotovelo, incluindo o uso de talas como a axilo-palmar para imobilização e tratamento adequado.

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